A vida é continuidade. A Terra gira, o
coração bate, as pessoas passam, o tempo escoa num efêmero
infinito. Nada para. Nossas pausas são apenas metáforas, relativas.
Somos bilhões mas somos pequenos em um Universo infindável. E somos
bilhões de universos a serem explorados.
Às vezes nos perdemos na
continuidade, na vastidão das probabilidades.
E de repente nos encontramos
surpresos com o céu que é azul, com o carinho que é a amizade, com
o milagre que é viver, com a sutileza que é a bondade, como se nos
déssemos conta de tudo pela primeira vez. Nos descobrimos nascendo
para o mundo como flor em botão em nova primavera, frágeis e
maravilhados. É o amor nosso grão de pólen que se espalha ao
vento, são os outros que o transformam em mel. E a cada estação
despertamos, cada vez mais cientes de nós, que somos nós na medida
em que vivemos e nos vemos no espelho dos olhos dos outros.
Beatriz F. T.
12/08/2015
(Em
relação ao amor sou cada vez mais eu mesma.)
(Em relação ao amor sou cada vez mais eu mesma.)
ResponderExcluirO título é bem interessante. Só por curiosidade, este título veio antes da inspiração? Ou foi a própria inspiração?
ResponderExcluir